Estudiosos e representantes do MST e da Liga de Camponeses fazem reflexão sobre o impacto do capitalismo no meio rural
Kennia Rodrigues - Da Secretaria de Comunicação da UnB
A expansão do agronegócio em detrimento à produção e à sobrevivência de pequenos e médios trabalhadores rurais reflete na imposição moderna do capitalismo no campo. Com o apoio governista, o poder latifundiário se renova nas grandes produções agrícolas de soja, marginaliza camponeses e atrasa a reforma agrária.
Vivemos o auge da destruição ambiental e da precarização do trabalho, diz Mendonça
“Nunca se produziu tanta riqueza, mas também nunca se produziu tanta miséria. Vivemos o auge da destruição ambiental e da precarização do trabalho”, criticou o professor da Universidade Federal de Goiás, Marcelo Mendonça, durante mesa-redonda A contradição capital x trabalho e os modelos de
desenvolvimento para o Brasil no campo no século XXI.
A reflexão norteou debate que reuniu, na manhã de terça-feira, 17 de junho, estudantes, professores, representantes do governo e de movimentos rurais no auditório do Instituto de Ciências Humanas da Universidade de Brasília. O encontro fez parte do segundo dia de atividades da Semana da Geografia, que ocorre até a sexta-feira, 19 de junho.
Os participantes criticaram o sufocamento de pequenos agricultores no governo Lula. Relembraram o insucesso da reforma agrária no país e atacaram a crise financeira como mais um reflexo do fracasso capitalista mundial. “As crises são crônicas e cíclicas e ocorrem em velocidades avassaladoras. A base do capitalismo é o latifúndio e o agronegócio vem reforçar essa estrutura. Somos nós camponeses que pagamos por essa crise”, afirmou Nilo Ibraim Hallack, da Liga dos Camponeses Pobres. "Lula não é um governo de esquerda. Representa o oportunismo do movimento popular", disse.
Camilo da Silva: "Reforma popular seria uma das saídas"
Apesar do atual modelo agrário, não se podem esquecer as conquistas dos trabalhadores, afirmou o Camilo da Silva da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-terra. "As primeiras conquistas começaram ainda em 1907, com os primeiros sindicatos de agricultores europeus. A revolução russa em 1917 também teve impacto no Brasil e ainda as Leis trabalhistas com a CLT", disse.
"A reforma popular seria uma das saídas para que a classe trabalhadora desse um passo a frente do capital. O governo está priorizando o capital, está destruindo cada vez mais o camponeses", disse Silva.
Kennia Rodrigues - Da Secretaria de Comunicação da UnB
A expansão do agronegócio em detrimento à produção e à sobrevivência de pequenos e médios trabalhadores rurais reflete na imposição moderna do capitalismo no campo. Com o apoio governista, o poder latifundiário se renova nas grandes produções agrícolas de soja, marginaliza camponeses e atrasa a reforma agrária.
Vivemos o auge da destruição ambiental e da precarização do trabalho, diz Mendonça
“Nunca se produziu tanta riqueza, mas também nunca se produziu tanta miséria. Vivemos o auge da destruição ambiental e da precarização do trabalho”, criticou o professor da Universidade Federal de Goiás, Marcelo Mendonça, durante mesa-redonda A contradição capital x trabalho e os modelos de
desenvolvimento para o Brasil no campo no século XXI.
A reflexão norteou debate que reuniu, na manhã de terça-feira, 17 de junho, estudantes, professores, representantes do governo e de movimentos rurais no auditório do Instituto de Ciências Humanas da Universidade de Brasília. O encontro fez parte do segundo dia de atividades da Semana da Geografia, que ocorre até a sexta-feira, 19 de junho.
Os participantes criticaram o sufocamento de pequenos agricultores no governo Lula. Relembraram o insucesso da reforma agrária no país e atacaram a crise financeira como mais um reflexo do fracasso capitalista mundial. “As crises são crônicas e cíclicas e ocorrem em velocidades avassaladoras. A base do capitalismo é o latifúndio e o agronegócio vem reforçar essa estrutura. Somos nós camponeses que pagamos por essa crise”, afirmou Nilo Ibraim Hallack, da Liga dos Camponeses Pobres. "Lula não é um governo de esquerda. Representa o oportunismo do movimento popular", disse.
Camilo da Silva: "Reforma popular seria uma das saídas"
Apesar do atual modelo agrário, não se podem esquecer as conquistas dos trabalhadores, afirmou o Camilo da Silva da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-terra. "As primeiras conquistas começaram ainda em 1907, com os primeiros sindicatos de agricultores europeus. A revolução russa em 1917 também teve impacto no Brasil e ainda as Leis trabalhistas com a CLT", disse.
"A reforma popular seria uma das saídas para que a classe trabalhadora desse um passo a frente do capital. O governo está priorizando o capital, está destruindo cada vez mais o camponeses", disse Silva.
Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: Daiane Souza/UnB Agência.
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