terça-feira, 3 de março de 2009

O MST e as invasões no Pontal do Paranapanema em SP

No Brasil pobre é bandido e rico é vítima.
Alguns lutam para que continue sendo assim. O ministro Gilmar Mendes é um desses. As organizações Globo e Bandeirantes são outros que travam esta luta.
O MST invadiu fazendas no Pontal do Paranapanema. Mais uma vez falaram em respeito a propriedade privada. Só faltaram explicar para a população que os donos das terras do pontal do Paranapanema somos nós, o povo brasileiro. (A minoria das terras na região estão legalizadas).
A maior parte dos fazendeiros NÃO são proprietários. São usurpadores. Como são usupardores ricos a imprensa os apresenta como coitadinhos.
Abaixo transcrevo partes de um estudo sobre a região do Pontal do Paranapanema:
"Para compreender melhor esta questão, é preciso uma breve retrospectiva histórica da ocupação da região. Grande parte das terras do Pontal do Parana-panema começou a ser grilada desde a segunda metade do século XIX (2), com a formação do grilo fazenda Pirapó-Santo Anastácio, com área de 238 mil alqueires. Até a década de 90, com exceção das lutas de resistência de posseiros e de movimentos sociais isolados, os grileiros não encontraram maiores problemas no processo político de assenhoreamento das terras devolutas do Pontal (3). Não faltaram ações do Estado para tentar impedir esse processo de grilagem. Em 1889, o governo da província de São Paulo julgara imprestável o requerimento de legitimação das terras da Pirapó-Santo Anastácio. Na década de 40, foram criadas três reservas florestais (4). Todavia, tais iniciativas não foram suficientes para evitar a voracidade dos grileiros, que praticamente destruíram a Grande Reserva do Pontal. Essa realidade começou a mudar, de fato, com as ocupações de terras realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em julho de 1990 o Movimento realizou sua primeira ocupação no Pontal, no município de Teodoro Sampaio, iniciando o processo de territorialização de luta pela terra na região, causando um significativo impacto sócio-territorial.Conforme dados apresentados no quadro 1 (veja na página do estudo), no período 1990-2000, por meio do trabalho de base, milhares de famílias organizadas no MST realizaram centenas de ocupações de terras no Pontal. Essas ocupações pressionaram o Estado para que retomasse as terras devolutas do Pontal".
A grilagem de terra é um dos maiores e mais comuns crimes praticados pela classe mais rica, que lutam para manter a impunidade no nosso país. São milhões de hectares usurpados (o total de terras griladas no Brasil é maior que Santa Catarina, Paraná e Rio grande do Sul JUNTOS). É gente rica e bem relacionada.
São tão bem relacionadas que são tratados como proprietários.
Cuidado! Este é um jogo de palavras para impregnar na mente dos brasileiros que eles são vítimas.

Nenhum comentário: