Nesta segunda feira foi encontrado o corpo do camponês Luiz Lopes Barros, coordenador da Liga de Camponeses Pobres do Pará-Tocantins (LCP-PA/TO) e uma das mais conhecidas lideranças do movimento camponês do estado.
Na última sexta-feira, dia 12 de junho, o Sr. Luiz Lopes saiu de casa para participar de uma reunião de camponeses, a ser realizada próxima à Fazenda Batente, no município de Conceição do Araguaia, e foi brutalmente assassinado, com vários tiros à queima-roupa.
Ele foi um dos principais mobilizadores dos camponeses em luta pela terra no Pará e esteve à frente da tomada da Fazenda Forkilha, em 2007, organizada pela LCP. Tomada esta duramente reprimida por ordem direta da governadora Ana Júlia Carepa (PT), em 19 de novembro daquele ano, na chamada operação “Paz no campo” que, na verdade, significou uma verdadeira “operação de terror no campo”, com mais de 200 camponeses presos e dezenas de homens, mulheres e crianças covardemente torturados.
A vigorosa campanha de denúncias destas arbitrariedades repercutiu em todo o país. No sul do estado e em Belém, os camponeses da LCP, liderados pelo Sr. Luiz, estiveram em escolas, na universidade, nos sindicatos, nas organizações estudantis, Assembléia Legislativa. A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembléia Legislativa do Pará realizou uma primeira Audiência Pública na sede da OAB de Redenção para apurar as denúncias.
Na frente de deputados, representantes da Ouvidoria Agrária Nacional, Defensoria Pública, Secretaria Estadual de Justiça, Incra, Policia Militar e Polícia Civil, os camponeses agredidos não se intimidaram e relataram as arbitrariedades sofridas. Nenhum dos representantes do governo e das polícias puderam contestar os relatos apresentados. Apesar da comprovada arbitrariedade cometida nenhuma providência foi tomada pelo governo para punir os responsáveis.
Ao contrário, estimulados pela “paz no campo” de Ana Júlia (PT) e pela impunidade, pistoleiros a soldo de latifundiários passaram a executar lideranças e ativistas do movimento camponês, particularmente aqueles que participaram da luta da Forkilha. Doze camponeses foram assassinados neste período.
Representantes do Cebraspo e do Nap estiveram por diversas vezes no Pará denunciando esta matança e exigindo providências, mas os mandantes e os pistoleiros continuaram impunes e seguiram atacando os camponeses em luta, acobertados pela omissão criminosa das autoridades!
O Sr. Luiz, em diversas oportunidades, denunciou estas mortes ocorridas e as ameaças de morte que vinha sofrendo. E hoje, quando tragicamente esta ameaça de morte se confirma, a impunidade dos crimes cometidos na “Operação paz no campo” faz da governadora Ana Julia Carepa (PT) cúmplice de mais este assassinato.
No caso do Sr. Luiz, portanto, foi mais uma morte anunciada! Não só o seu nome constava desta lista como recebeu nova ameaça antes de sua execução. Na quinta-feira, dia 11 de junho, um pistoleiro, conhecido por trabalhar para o latifundiário José Hernandez, foi até a casa de uma camponesa, ativista da LCP, para fazer ameaças a ela e ao Sr Luis dizendo: “vocês ganharam um prêmio e vocês vão receber ele essa semana”. Além disso, o Sr. Luiz era a principal testemunha de acusação contra o latifundiário José Hernandez, acusado de ser o mandante do assassinato de outro camponês, De Assis, liderança do assentamento Nazaré.
A luta pela terra vem sendo criminalizada em todo o país, inclusive através da ação do Supremo Tribunal Federal, sustentado e orquestrado pelo monopólio de imprensa para justificar esse verdadeiro genocídio dos camponeses e suas lideranças.
Essa política criminosa, esse genocídio anunciado tem que ser barrado imediatamente. Convocamos a todos os que apóiam a luta pela terra, aos democratas e progressistas, a repudiarem mais este assassinato não permitir que mais esse crime fique impune.
Punição para os assassinos do Sr. Luiz e demais camponeses no sul do Pará!
O povo quer terra, não repressão!
Pelo fim das ameaças e perseguições às lideranças camponesas!
Contra a criminalização do movimento camponês!
Todo apoio à luta pela terra!
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos – Cebraspo
Núcleo dos Advogados do Povo – NAP
15 de junho, 2009
Solicitamos que, como parte da campanha em repúdio às ameaças, perseguições e assassinatos de camponeses e pela punição dos assassinos do Sr. Luiz, enviar mensagens de repúdio para os endereços abaixo:
1) Governadora Ana Júlia (só existe um “fale com a governadora” no site do governo: www.pa.gov.br)
2) Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Pará
Secretário: José Roberto da Costa Martins (jose.martins@sejudh.pa.gov.br)
Ouvidoria: ouvidoria.sejudh@sejudh.pa.gov.br
3) Secretaria Especial de Direitos Humanos
Ministro: Paulo Vanuchi: gabinete@sedh.go.br
Secretário Adjunto: Rogério Sottili: rogerio.sottili@sedh.gov.br
Gabinete: Maria Victoria Hernandez: maria.victoria@sedh.gov.br
Ouvidoria Geral da Cidadania: Fermino Fecchio:fermino.fecchio@sedh.gov.br
4) Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Pará
Presidente: Arnaldo Jordy (depjordy@alepa.pa.gov.br)
5) Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal
Presidente: Luiz Couto (dep.luizcouto@camara.gov.br)
Na última sexta-feira, dia 12 de junho, o Sr. Luiz Lopes saiu de casa para participar de uma reunião de camponeses, a ser realizada próxima à Fazenda Batente, no município de Conceição do Araguaia, e foi brutalmente assassinado, com vários tiros à queima-roupa.
Ele foi um dos principais mobilizadores dos camponeses em luta pela terra no Pará e esteve à frente da tomada da Fazenda Forkilha, em 2007, organizada pela LCP. Tomada esta duramente reprimida por ordem direta da governadora Ana Júlia Carepa (PT), em 19 de novembro daquele ano, na chamada operação “Paz no campo” que, na verdade, significou uma verdadeira “operação de terror no campo”, com mais de 200 camponeses presos e dezenas de homens, mulheres e crianças covardemente torturados.
A vigorosa campanha de denúncias destas arbitrariedades repercutiu em todo o país. No sul do estado e em Belém, os camponeses da LCP, liderados pelo Sr. Luiz, estiveram em escolas, na universidade, nos sindicatos, nas organizações estudantis, Assembléia Legislativa. A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembléia Legislativa do Pará realizou uma primeira Audiência Pública na sede da OAB de Redenção para apurar as denúncias.
Na frente de deputados, representantes da Ouvidoria Agrária Nacional, Defensoria Pública, Secretaria Estadual de Justiça, Incra, Policia Militar e Polícia Civil, os camponeses agredidos não se intimidaram e relataram as arbitrariedades sofridas. Nenhum dos representantes do governo e das polícias puderam contestar os relatos apresentados. Apesar da comprovada arbitrariedade cometida nenhuma providência foi tomada pelo governo para punir os responsáveis.
Ao contrário, estimulados pela “paz no campo” de Ana Júlia (PT) e pela impunidade, pistoleiros a soldo de latifundiários passaram a executar lideranças e ativistas do movimento camponês, particularmente aqueles que participaram da luta da Forkilha. Doze camponeses foram assassinados neste período.
Representantes do Cebraspo e do Nap estiveram por diversas vezes no Pará denunciando esta matança e exigindo providências, mas os mandantes e os pistoleiros continuaram impunes e seguiram atacando os camponeses em luta, acobertados pela omissão criminosa das autoridades!
O Sr. Luiz, em diversas oportunidades, denunciou estas mortes ocorridas e as ameaças de morte que vinha sofrendo. E hoje, quando tragicamente esta ameaça de morte se confirma, a impunidade dos crimes cometidos na “Operação paz no campo” faz da governadora Ana Julia Carepa (PT) cúmplice de mais este assassinato.
No caso do Sr. Luiz, portanto, foi mais uma morte anunciada! Não só o seu nome constava desta lista como recebeu nova ameaça antes de sua execução. Na quinta-feira, dia 11 de junho, um pistoleiro, conhecido por trabalhar para o latifundiário José Hernandez, foi até a casa de uma camponesa, ativista da LCP, para fazer ameaças a ela e ao Sr Luis dizendo: “vocês ganharam um prêmio e vocês vão receber ele essa semana”. Além disso, o Sr. Luiz era a principal testemunha de acusação contra o latifundiário José Hernandez, acusado de ser o mandante do assassinato de outro camponês, De Assis, liderança do assentamento Nazaré.
A luta pela terra vem sendo criminalizada em todo o país, inclusive através da ação do Supremo Tribunal Federal, sustentado e orquestrado pelo monopólio de imprensa para justificar esse verdadeiro genocídio dos camponeses e suas lideranças.
Essa política criminosa, esse genocídio anunciado tem que ser barrado imediatamente. Convocamos a todos os que apóiam a luta pela terra, aos democratas e progressistas, a repudiarem mais este assassinato não permitir que mais esse crime fique impune.
Punição para os assassinos do Sr. Luiz e demais camponeses no sul do Pará!
O povo quer terra, não repressão!
Pelo fim das ameaças e perseguições às lideranças camponesas!
Contra a criminalização do movimento camponês!
Todo apoio à luta pela terra!
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos – Cebraspo
Núcleo dos Advogados do Povo – NAP
15 de junho, 2009
Solicitamos que, como parte da campanha em repúdio às ameaças, perseguições e assassinatos de camponeses e pela punição dos assassinos do Sr. Luiz, enviar mensagens de repúdio para os endereços abaixo:
1) Governadora Ana Júlia (só existe um “fale com a governadora” no site do governo: www.pa.gov.br)
2) Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Pará
Secretário: José Roberto da Costa Martins (jose.martins@sejudh.pa.gov.br)
Ouvidoria: ouvidoria.sejudh@sejudh.pa.gov.br
3) Secretaria Especial de Direitos Humanos
Ministro: Paulo Vanuchi: gabinete@sedh.go.br
Secretário Adjunto: Rogério Sottili: rogerio.sottili@sedh.gov.br
Gabinete: Maria Victoria Hernandez: maria.victoria@sedh.gov.br
Ouvidoria Geral da Cidadania: Fermino Fecchio:fermino.fecchio@sedh.gov.br
4) Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Pará
Presidente: Arnaldo Jordy (depjordy@alepa.pa.gov.br)
5) Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal
Presidente: Luiz Couto (dep.luizcouto@camara.gov.br)
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