09-Dez-2008
Fonte: Esquerda.Net
Os 250 operários da fábrica de janelas Republic Windows Factory, de Chicago, EUA, decidiram ocupar a fábrica para garantir que as indemnizações e as férias lhes sejam pagas integralmente, depois de a gerência ter anunciado que a empresa iria fechar. A ocupação é uma forma de luta que praticamente não era usada no país desde a grande crise de 1930. A notícia ganhou as páginas dos jornais nacionais de referência, como o The New York Times.
Armando Robles, presidente da sede 1110 do sindicato United Electrical, Radio and Machine Workers of America (UE), explicou que os trabalhadores recusaram-se a sair da fábrica no dia 5, que deveria ter sido o último dia de laboração, enraivecidos por serem avisados em cima da hora de que a fábrica iria fechar, e que não só iam perder o emprego como os seus seguros já tinham sido cancelados.
No sábado, uma manifestação diante da fábrica, organizada por diversos sindicatos e organizações de imigrantes (80% dos operários são latinos) levou a solidariedade à sua luta.
Segundo a legislação do estado de Illinois, a fábrica não poderia fechar sem dar um aviso prévio de 75 dias aos seus empregados, ou pagar o correspondente tempo de salário. "Decidimos fazer isto [a ocupação] porque o dinheiro pertence-nos", disse ao jornal Socialist Worker Maria Roman, funcionária da fábrica há oito anos. "Estes são os nossos direitos".
A gerência culpa o Bank Of America, o principal credor da fábrica, por não aceitar renovar o crédito. A decisão ainda mais enfureceu os trabalhadores, já que o Bank of America foi um dos beneficiários do plano de resgate do sistema financeiro dos EUA. "Eles receberam 25 mil milhões de dólares do governo, e não emprestam uns poucos milhões a esta empresa para os trabalhadores não perderem os empregos?", questiona Ricardo Caceres, funcionário há seis anos.
Os trabalhadores suspeitam também que os patrões querem fechar para reabrir noutro local, e que há materiais que faltam, não correspondendo aos registos de stocks. Alguns denunciaram que os gerentes retiraram da fábrica equipamento de escritório e máquinas.
Os dirigentes sindicais e trabalhadores têm consciência de que será muito difícil impedir o encerramento da fábrica, mas estão determinados a arrancar o dinheiro que lhes é devido.
"Isto é uma mensagem para a América", diz outro trabalhador, Vicente Rangel. "Se nos mantivermos unidos, vamos conseguir que seja feita justiça, e vamos receber o que nos é devido".
Fonte: Esquerda.Net
Os 250 operários da fábrica de janelas Republic Windows Factory, de Chicago, EUA, decidiram ocupar a fábrica para garantir que as indemnizações e as férias lhes sejam pagas integralmente, depois de a gerência ter anunciado que a empresa iria fechar. A ocupação é uma forma de luta que praticamente não era usada no país desde a grande crise de 1930. A notícia ganhou as páginas dos jornais nacionais de referência, como o The New York Times.
Armando Robles, presidente da sede 1110 do sindicato United Electrical, Radio and Machine Workers of America (UE), explicou que os trabalhadores recusaram-se a sair da fábrica no dia 5, que deveria ter sido o último dia de laboração, enraivecidos por serem avisados em cima da hora de que a fábrica iria fechar, e que não só iam perder o emprego como os seus seguros já tinham sido cancelados.
No sábado, uma manifestação diante da fábrica, organizada por diversos sindicatos e organizações de imigrantes (80% dos operários são latinos) levou a solidariedade à sua luta.
Segundo a legislação do estado de Illinois, a fábrica não poderia fechar sem dar um aviso prévio de 75 dias aos seus empregados, ou pagar o correspondente tempo de salário. "Decidimos fazer isto [a ocupação] porque o dinheiro pertence-nos", disse ao jornal Socialist Worker Maria Roman, funcionária da fábrica há oito anos. "Estes são os nossos direitos".
A gerência culpa o Bank Of America, o principal credor da fábrica, por não aceitar renovar o crédito. A decisão ainda mais enfureceu os trabalhadores, já que o Bank of America foi um dos beneficiários do plano de resgate do sistema financeiro dos EUA. "Eles receberam 25 mil milhões de dólares do governo, e não emprestam uns poucos milhões a esta empresa para os trabalhadores não perderem os empregos?", questiona Ricardo Caceres, funcionário há seis anos.
Os trabalhadores suspeitam também que os patrões querem fechar para reabrir noutro local, e que há materiais que faltam, não correspondendo aos registos de stocks. Alguns denunciaram que os gerentes retiraram da fábrica equipamento de escritório e máquinas.
Os dirigentes sindicais e trabalhadores têm consciência de que será muito difícil impedir o encerramento da fábrica, mas estão determinados a arrancar o dinheiro que lhes é devido.
"Isto é uma mensagem para a América", diz outro trabalhador, Vicente Rangel. "Se nos mantivermos unidos, vamos conseguir que seja feita justiça, e vamos receber o que nos é devido".
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